Bula Torval
Princípio Ativo: valproato de sódio + ácido valproico
Para que o Torval é indicado?
- ausência complexa (ou atípica)
- mioclônicas
- tônico-clônicas
- atônicas
- mistas
- assim como epilepsia parcial: crises simples ou complexas, secundárias generalizadas, síndromes específicas (West, Lennox-Gastaut)
Como devo usar o Torval?
Os comprimidos de TORVAL® CR devem ser administrados oralmente e consumidos imediatamente após a retirada do blister.
TORVAL® CR é uma formulação de liberação controlada que reduz concentrações de pico e assegura concentração plasmática constante durante o dia.
TORVAL® CR pode ser administrado uma ou duas vezes por dia. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, não devem ser triturados ou mastigados.
A dose diária necessária varia de acordo com idade e peso.
Para pacientes que atingiram um controle adequado, formulações de TORVAL® CR podem ser utilizadas no lugar de outras formulações, convencionais ou de liberação prolongadas, com base na dose diária equivalente.
Dosagem
- Adultos: a dose deve iniciar com 600 mg/dia, com aumento de 200 mg em intervalos de 3 dias até que o controle seja atingido. O controle é atingido geralmente com a dose de 1000 mg a 2000 mg por dia, ou seja, 20-30mg/kg de peso corpóreo/ dia. Se o controle adequado não for atingido nessa faixa de dose, ela poderá ser aumentada para 2500 mg/dia.
- Crianças acima de 20 kg: a dose inicial deve ser de 400 mg/dia (independente do peso), e aumentada em intervalos até que o controle seja atingido, o que geralmente ocorre com a dose de 20-30mg/ kg de peso corpóreo/dia. Se o controle adequado não for atingido nessa faixa de dose, ela poderá ser aumentada para 35 mg/kg de peso corpóreo/dia.
- Crianças abaixo de 20 kg: uma formulação alternativa de TORVAL® CR deve ser usada para esse grupo de pacientes, devido ao tamanho do comprimido e à necessidade de titulação da dose.
- Idosos: apesar da farmacocinética do valproato de sódio e ácido valproico ser alterada em idosos, sua significância clínica é limitada e a dose deve ser determinada pelo controle das convulsões. O volume de distribuição é aumentado nos idosos e devido à reduzida ligação a albumina sérica, a proporção de fármaco livre aumenta. Isso influi na interpretação clínica de níveis plasmáticos de ácido valproico.
- Pacientes com insuficiência renal: pode ser necessário diminuir a dose. A dose deve ser ajustada de acordo com o monitoramento clínico, pois o monitoramento das concentrações plasmáticas pode ser enganoso.
- Pacientes com insuficiência hepática: os salicilatos não devem ser utilizados juntos com TORVAL® CR, pois utilizam a mesma via metabólica.
Crianças e adolescentes do sexo feminino, mulheres em idade fértil e gestantes Valproato deve ser iniciado e supervisionado por um especialista com experiência no tratamento de epilepsia. O tratamento só deve ser iniciado se outros tratamentos foram ineficazes ou não tolerados e os benefícios e riscos devem ser cuidadosamente reconsiderados em revisões periódicas do tratamento. O valproato deve ser preferencialmente prescrito como monoterapia com a menor dose efetiva, se possível como formulação de liberação prolongada para evitar picos de concentrações plasmáticas. A dose diária deve ser dividida em pelo menos duas doses unitárias.
Tratamento Combinado
Ao iniciar o tratamento com TORVAL® CR em pacientes tratados com outros anticonvulsivantes, estes devem ser reduzidos lentamente. O tratamento com TORVAL® CR deve iniciar-se gradualmente, com a dose alvo alcançada após cerca de 2 semanas. Em alguns casos pode ser necessário aumentar a dose entre 5 e 10 mg/kg/dia quando combinado com anticonvulsivantes que induzem atividade enzimática hepática, como fenitoína, fenobarbital e carbamazepina. Uma vez que os conhecidos indutores enzimáticos são interrompidos, pode ser possível manter o controle sobre as convulsões com uma dose reduzida de TORVAL® CR. Quando barbituratos são administrados concomitantemente e for observada sedação (especialmente em crianças), a dose de barbiturato deverá ser reduzida.
Nota: em crianças que necessitem de doses maiores que 40 mg/kg/dia, os parâmetros hematológicos e bioquímicos clínicos devem ser monitorados.
A dose ideal é determinada principalmente pelo controle das convulsões, sendo desnecessária a monitorização de rotina dos níveis plasmáticos. Entretanto, em casos de baixo controle ou de suspeita de efeitos colaterais, a monitorização dos níveis plasmáticos está disponível e pode ser útil.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Como o Torval funciona?
TORVAL® CR é uma formulação em que o ingrediente ativo valproato de sódio é liberado de forma prolongada do comprimido, reduzindo as concentrações de pico do ingrediente ativo e assegurando uma concentração plasmática mais uniforme ao longo do dia.
Quando não devo usar o Torval?
- Alergia a qualquer componente da formulação, com sinais de reação alérgica como: irritação de pele, problemas na respiração ou na deglutição, inchaço nos lábios, rosto, garganta ou língua;
- Doença no fígado, histórico pessoal ou familiar de problemas no fígado;
- Doença rara no sangue chamada porfiria;
- Conhecida desordem na mitocôndria causada por mutação na DNA polimerase mitocondrial γ (POLG), ou seja, Síndrome de Alpers-Huttenlocher e em crianças com menos de 2 anos com suspeita de possuir desordem relacionada à POLG.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças com peso menor que 20 kg.
Caso você não tenha certeza se as contraindicações mencionadas se aplicam no seu caso, contate o seu médico ou o farmacêutico antes de tomar o medicamento.
O que devo saber antes de usar o Torval?
- Sintomas não-específicos: em geral são de início súbito, tais como fraqueza muscular, mal estar, anorexia (falta de apetite), letargia (moleza), edemas (inchaços) e sonolência, algumas vezes associados ao vômito recorrente e à dor abdominal.
- Em pacientes com epilepsia pode ocorrer recorrência de convulsões.
- A natureza e magnitude dos riscos de exposição durante a gravidez, especialmente os riscos teratogênicos e riscos de transtorno de desenvolvimento.
- A necessidade do uso de métodos contraceptivos efetivos
- A necessidade de revisão regular do tratamento
- A necessidade de consultar seu médico rapidamente se planejar uma gravidez ou se há a possibilidade de gravidez.
- Durante a gestação, podem ocorrer convulsões tônico-clônicas maternais e estado epiléptico com hipóxia com risco particular de morte da mãe e do bebê por nascer.
- O tratamento com valproato deve ser reavaliado em mulheres planejando engravidar ou que estão grávidas.
- Em mulheres planejando engravidar todos os esforços devem ser feitos para trocar para um tratamento alternativo apropriado antes da concepção, se possível.
- seja administrada a menor dose efetiva e a dose diária dividida em várias doses pequenas para serem administradas durante o dia. O uso de formulações de liberação prolongada pode ser preferível a outros tratamentos a fim de evitar altos picos de concentração plasmática.
- suplementação de folato antes da gravidez pode diminuir o risco de defeitos do tubo neural em todas as gestações. Entretanto as evidências disponíveis não sugerem que o folato previna os defeitos de nascimento ou malformações devido a exposição ao valproato.
- Casos de síndrome hemorrágica foram relatados muito raramente em recém-nascidos que as mães tomaram valproato durante a gestação. Esta síndrome hemorrágica é relacionada a trombocitopenia (queda na contagem das células sanguíneas responsáveis pela coagulação), hipofibrinogenemia (diminuição da taxa de fibrinogênio no sangue) e/ou diminuição dos fatores de coagulação. Afibrinogenemia (ausência de fibrinogênio) também foi relatada e pode ser fatal. Entretanto, esta síndrome deve ser distinguida da diminuição dos fatores de vitamina K induzido pelo fenobarbital e os indutores enzimáticos. Consequentemente, a contagem plaquetária, os níveis de fibrinogênio plasmático, o teste de coagulação e os fatores de coagulação devem ser investigados em recém-nascidos.
- Casos de hipoglicemia foram relatados em recém-nascidos de mães que utilizaram valproato durante o terceiro trimestre de gravidez.
- Casos de hipotireoidismo foram relatados em recém-nascidos de mães que utilizaram valproato durante a gravidez.
- Síndrome de abstinência (por exemplo, irritabilidade, hiper-excitabilidade, agitação, hipercinesia, transtornos de tonicidade, tremor, convulsões e transtornos alimentares) pode ocorrer em recém-nascidos de mães que utilizaram valproato no último trimestre da gravidez.
- Antipsicóticos, inibidores de MAO, antidepressivos e benzodiazepínicos: TORVAL® CR pode potencializar o efeito de outros psicotrópicos como antipsicóticos, inibidores de MAO, antidepressivos e benzodiazepínicos; portanto, o acompanhamento clínico é aconselhado e a dose dos outros psicotrópicos deve ser ajustada quando necessário.
- Em particular, um estudo clínico sugeriu que adicionar olanzapina ao tratamento com valproato ou lítio pode aumentar significativamente o risco de certos eventos adversos associados à olanzapina, como neutropenia, tremores, boca seca, aumento de apetite e ganho de peso, disfunção da fala e sonolência.
- Lítio: o valproato de sódio não tem efeito sobre os níveis séricos do lítio.
- Fenobarbital: TORVAL® CR aumenta a concentração plasmática de fenobarbital, devido à inibição do catabolismo hepático, e pode ocorrer sedação, especialmente em crianças. Portanto, o acompanhamento clínico é recomendado durante os primeiros 15 dias de tratamento combinado, com redução imediata da dose de fenobarbital se ocorrer sedação, e determinação do nível plasmático de fenobarbital quando apropriado.
- Primidona: TORVAL® CR aumenta o nível plasmático de primidona com exacerbação de seus efeitos adversos (como sedação); esses sinais desaparecem com tratamento a longo prazo. O acompanhamento clínico é recomendado, especialmente no início da terapia combinada, com ajustes na dose quando apropriado.
- Fenitoína: TORVAL® CR diminui a concentração plasmática total de fenitoína. Além disso, TORVAL® CR aumenta a forma livre de fenitoína com possíveis sintomas de superdose (o ácido valproico desloca a fenitoína de seus sítios de ligação proteica no plasma e reduz seu catabolismo hepático). Portanto, acompanhamento clínico é recomendado. A forma livre de fenitoína deve ser avaliada, quando o nível plasmático for determinado.
- Carbamazepina: foi relatada toxicidade clínica na coadministração de TORVAL® CR e carbamazepina, pois TORVAL® CR pode potencializar os efeitos tóxicos de carbamazepina. O acompanhamento clínico é recomendado, especialmente no início da terapia combinada, com ajustes na dose quando apropriado.
- Lamotrigina: TORVAL® CR pode reduzir o metabolismo de lamotrigina e aumentar sua meia-vida média em quase duas vezes; Esta interação pode levar ao aumento da toxicidade da lamotrigina, em particular rash cutâneo grave. Portanto, o monitoramento clínico é recomendado e a dose deve ser ajustada (reduzindo-se a dose de lamotrigina) quando apropriado.
- Felbamato: o ácido valproico pode diminuir a depuração média do felbamato em até 16%.
- Zidovudina: TORVAL® CR pode aumentar a concentração plasmática de zidovudina, levando a um aumento de toxicidade de zidovudina.
- Anticoagulantes dependentes de vitamina K: o efeito anticoagulante da varfarina e de outros anticoagulantes de cumarina pode ser aumentado após serem deslocados dos sítios de ligação proteica no plasma pelo ácido valproico. O tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorado.
- Temozolomida: a coadministração de temozolomida e TORVAL® CR pode causar uma pequena diminuição na depuração de temozolomida, considerada como não relevante clinicamente.
- Antiepilépticos com efeitos de indução enzimática (incluindo fenitoína, fenobarbital, carbamazepina) diminuem a concentração plasmática de ácido valproico. As dosagens devem ser ajustadas conforme resposta clínica e níveis sanguíneos em caso de terapia combinada.
- Por outro lado, a combinação de felbamato e TORVAL® CR pode diminuir a depuração de 22% a 50% e consequentemente aumentar a concentração plasmática de ácido valproico. A dosagem de TORVAL® CR deve ser monitorada.
- Mefloquina e cloroquina aumentam o metabolismo do ácido valproico e podem baixar o limiar de convulsão; portanto, convulsões epilépticas podem ocorrer em casos de terapia combinada. Pode ser necessário ajustar a dosagem de TORVAL® CR.
- O uso concomitante de TORVAL® CR e agentes fortemente ligados à proteína (ex. ácido acetilsalicílico), pode elevar os níveis plasmáticos de ácido valproico livre.
- Níveis plasmáticos de ácido valproico podem aumentar (como resultado de metabolismo hepático reduzido) em casos de uso concomitante com cimetidina ou eritromicina.
- Antibióticos carbapenêmicos, como imipeném, panipenem e meropeném: diminuição no nível sanguíneo de ácido valproico foi relatado quando coadministrado com agentes carbapenêmicos resultando em diminuição de 60 – 100% nos níveis de ácido valproico dentro de 2 dias, por vezes acompanhado de convulsões. Devido ao rápido início e extensão da diminuição, a coadministração de agentes carbapenêmicos em pacientes estabilizados com ácido valproico deve ser evitada. Se o tratamento com estes antibióticos não puder ser evitado, recomenda-se monitorar cuidadosamente o nível sanguíneo de ácido valproico.
- Colestiramina pode diminuir a absorção de TORVAL® CR.
- Rifampicina pode diminuir os níveis sanguíneos de ácido valproico resultando em falta de efeito terapêutico. Portanto, pode ser necessário ajuste de dose quando TORVAL® CR for coadministrado com rifampicina.
Quais os males que o Torval pode me causar?
Onde, como e por quanto tempo posso guardar o Torval?
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Torval?
Superdose - o que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada do Torval?
Apresentações
Comprimidos revestidos de liberação prolongada 300 mg: embalagens com 10, 30 e 60 comprimidos.
Comprimidos revestidos de liberação prolongada 500 mg: embalagens com 10, 30 e 60 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição
Cada comprimido revestido de liberação prolongada de TORVAL® CR 300 mg contém:
- valproato de sódio ......................................................................................................... 199,80 mg
- ácido valproico .................................................................................................................. 87,0 mg (equivalente a 300 mg de valproato de sódio)
Excipientes: dióxido de silício (coloidal), hipromelose, etilcelulose, dióxido de silício, sacarina sódica, glicerol, dióxido de titânio, copolímero de metacrilato de butila, metacrilato de dimetilaminoetila e metacrilato de metila, copolímero de acrilato de etila e metacrilato de etila (2:1), macrogol e talco.
Cada comprimido revestido de liberação prolongada de TORVAL® CR 500 mg contém:
- valproato de sódio .........................................................................................................333,00 mg
- ácido valproico ................................................................................................................ 145,0 mg (equivalente a 500 mg de valproato de sódio)
Excipientes: dióxido de silício (coloidal), hipromelose, etilcelulose, dióxido de silício, sacarina sódica, glicerol, dióxido de titânio, copolímero de metacrilato de butila, metacrilato de dimetilaminoetila e metacrilato de metila, copolímero de acrilato de etila e metacrilato de etila (2:1), macrogol e talco.
Dizeres Legais
MS - 1.0525.0018
Farmacêutica Responsável: Dra. Ana Carolina P. Forti – CRF-SP n° 47.244
Fabricado por:
- Torrent Pharmaceuticals Ltd. Indrad - Índia
- OU
- Torrent Pharmaceuticals Ltd. Baddi - Índia
Importado por:
- Torrent do Brasil Ltda. Av. Tamboré, 1180 - Módulos A4, A5 e A6 Barueri - SP CNPJ 33.078.528/0001-32
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
SAC: 0800.7708818
Esta bula foi aprovada em 14/01/2019.
Quanto custa o Torval?
Tópicos da bula
- Para que o Torval é indicado?
- Como devo usar o Torval?
- Como o Torval funciona?
- Quando não devo usar o Torval?
- O que devo saber antes de usar o Torval?
- Quais os males que o Torval pode me causar?
- Onde, como e por quanto tempo posso guardar o Torval?
- O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Torval?
- Superdose - o que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada do Torval?
- Apresentações
- Composição
- Dizeres Legais
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